segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Não sou uma dessas



Meu pai salienta nossa inteligência, por ter ele como pai me acho fodona.
A beleza de onde depende de recursos deve um meio termo, ele não queria barbies e nos inclinamos para a malacabagem, trapo e farrapo. Quando  mulher ele resmunga nosso destrato com a vaidade.
Mas há uma cobrança natural: da idade, do conhecimento, das cobranças, da busca de realização de sonhos que tem afinidade com o desenvolvimento da criatividade para ganhar dinheiro.
A rebeldia do vestir-se conforme o que dita a moda para adolescentes meninas ou as meninas adolescentes que instauram a moda pelo uso, daquele tempo ignorei keds, calça bailarina e paetê. Alguns cacarecos foram incorporados como sombra de glitter, gargantilha tatuagem e melissinha de plástico.
Agora faz-se presente o humor com as cores, orelhada de corte e custura, tecidos nobres e pobres e o que quer propor com o que veste. 
O orçamento que te coloca no seu estilo e a esperteza de achar pontas de estoque.
Isso significa que passou a fase da rebeldia, que o que importa é ter tudo de básico, peças pretas e brancas para o dia-a-dia e aquilo que dá um ar moderno, descolado com investimento durante o ano achados por aí...
A beleza é puro esforço, bem vestida, bem humorada é bom senso de uma obrigação do convívio.
Quando rola um desânimo de prestar seus investimentos para os outros, tem o grunge, o punk e o estilo pijamas (meu preferido).
Uma coisa desde a adolescência é ser aceito, no meu caso nunca fui estranha, talvez agora na maturidade tenha minhas bizarrices, mas always and forever aquela queda por babacas.
Antes era, se gostássemos dele nos julgavam vadias, o amor platônico confundia-se com uma promiscuidade. 
No sonho de andar de mãos dadas no pátio, no intervalo da escola, no clube após o treinamento quando ele te espera, era confundido o interesse pelo bonito com o forçar a mão: “gosta de mim, é uma dedada que você quer".
Hoje os homens já não vulgarizam, eles são cavalheiros ao tirarem suas calcinhas mas é tipo drive thru, sem sair da zona de conforto usufrui do produto e serviço mas não quer saber as maquinações dela.
Assim a mulher hoje, se veste para outras mulheres, para o conforto de seu corpo e desfruta do prazer que alguns e não todos, os homens, proporcionam. Ela é uma entidade que deve ser adorada, mas na nossa cabeça formada pela adolescência ainda fica resquícios que devemos violar nosso corpo devassadamente. 
Isso não quer dizer que no circunscrito a brincadeira tem liberdade e limite.


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