De dentro para fora e de fora para dentro: o encontro. Comigo e com os outros...enredado.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
civilidade na seca
O caminho é seco, do chão vermelho irrompe as coisas danadas da estrada.
Estrada, de um e de outro, caminham lado a lado, olhares cruzados respondem o fracasso.
Quer vingar-se no trajeto solitário do sucesso da singularidade.
Enquanto espera o ideal olímpico a resposta do sucesso, a vida acontece ao que soma a própria vida, à conquista ao passo adiante que depende da educação e do convite.
Seriamos naturais do chão de terra recapeados de piche e civilidade?
A vida agrega símbolos da morte, faz do pé um casco vermelho que percorre pedregulho e habita o desejo que transborda da contradição de si em si mesmo, sendo-se um admirador das nuvens brancas raras no firmamento, da leitura das nuvens passeando e nuvens de um temporal quando procura a sombra inevitável de proteção.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Útero oco
Biologia inocente
Garantia da indeterminação de dar existência
Da origem capaz, falsifica razão na alteração do amor
Transas liberais, integrada na orgia
A utilidade é condição pornográfica da formalidade e educação
Desvalor é um lance para o trabalho
Fundamento cumulativo escolhe validar a memória para o futuro
Amor à inteligencia agrupa mesmo no isolamento
Tirar proveito da ignorância é oportunidade de descoberta na ressonância da exploração.
O ser quer saber ser e ter bem.
Movimento oculto perto do solo, é conhecido pelo seu efeito.
Impulsiona uma cadência no miolo da infância.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
enfim
Invenção pelo literal suspeita de dentro.
É a chegada por uma mente brilhante, que do desgaste da composição de um organismo articulado por extremidades, pontas, fundos e frente, vai ao encontro, na sua manifesta aparição, um gosto.
Reconhecido em muitos gostos, ecos e graus de estima.
Tem-se um lampejo da vaidade do inventivo, idéia perigosa do prazer perene.
Vive o instante iluminado, mas findo.
Quer ser figura de fundo infinito, na solidão é rabugento, na solitude acompanha prazerosa reflexão do inventivo até o basta próprio do automatismo, da fome mal humorada, do pensamento cíclico e trágico, do saber que há fim.
Vive em processo, do processo, processa, é processado e assim realidades, sabe de cabo a rabo o árduo trabalho.
O desejo a fama que se concretiza é leito incandescente da obscena exploração.
Cama tortuosa, não se entrega, nada, afunda, em placenta que cria, é criado, é carente e dono do mundo.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
ponto de vista
A iniciativa em qualquer espaço vazio é uma exibição.
Os eventos cotidianos nao ganham relevância e passam despercebidos como varrer o chão pela manhã ou o caminhão de lixo noturno. A importância está no estado biologico; o sono contrasta com a recepção destas atividades como azar daquele que madrugou para ver os que começam o dia no batente ou um ponto de vista inverso, a sorte porque tem batente para pegar também. O caminhão no bairro na madrugada acompanha a insônia; o trânsito local; o rastro malcheiroso, alerta de despejar o lixo; o esquecimento; a rotina.
Eventos; datas comemorativas fazem circular a novidade; a repetição do bom e velho mesmo repaginado para a sempre o efeito da experiencia como causa.
Personalidade é reação ; o ranzinza pode ser simpático; o intolerante um brincalhão.
No exercício de ser nada é o que parece; são em situações num jogo de procura de papel no plano do diretor; sem gênero é uma resenha da vontade.
No reconhecimento da liberdade de escolha a decisão não fecha nenhum círculo de desejo, a duvida é questão do conhecimento móvel de si em relação com os outros.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
e se
A fila anda a lentos passos, olho para os lados para não me irritar.
Ao olhar, julgo a moça que passa ao telefone; afetada e antipática.
Volto a si e concluo que o pensar irritada faz dos outros
encoleirados.
Quando ali, penso fora de si, uma hipótese de concluir o que seria se:
- a mulher ao telefone fosse minha cliente, seria de meu total interesse
sua chatice, esse jeito arrepiante me tiraria do cotidiano irritado.
- fosse eu que estivesse do outro lado da linha, ouvi-la na parte que me
irrita, faria buscar minha calma e contornar o que não agrada para diferenciar
os momentos que quero falar com ela.
- ela fosse um personagem do que vou escrever, esse jeito antipático e
afetado são parte do personagem que ela criou de vendedora e gerente (imaginado
por mim) e a ligação do telefone, foi a chamada de uma funcionária que dá bola
fora no que é encarregada na loja. E justifica o seu jeito que me irritou.
De repente:
“Que porra de fila que não anda”
Acaba o romance e penso: “E se tivessem mais
caixas?”
terça-feira, 9 de setembro de 2014
na lida
Se o diabo é tema é porque a maldade tem morada
Se a graça foi tirada o território é livre para a ameaça
Entre a cruz e a caldeirinha nunca a neutralidade
Cada amanhecer uma dádiva, passos rápidos para pagar a dívida
A noite o fervor do esquecimento, que acorda com calma os fantasmas
Sonhos desenham porta de entrada ou saída, objetos e pessoas determinam suas escolhasImaterial do mundo reúne seu todo e contudo para todos é nada
Acorda com a corda no pescoço.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Artes do Corpo - 2003
Uma alegria desprende após as aulas de teatro, incluso
dança, ritmo, gesto e troca.
Desemboquei no curso universitário, sem dúvida e direções
festivas, o improvável. Constituída de muita coragem e uma pitada de
excentricidade, menina, recém formada na escola, raspei o cabelo.
Família arroz com feijão de ousados experimentos; acender um
cigarro no jantar em restaurante na área de fumantes, aos 18 anos, era minha
emancipação.
Apoio incontestável e desvairado no ingresso do curso
superior, inédito na universidade com apenas uma turma formada e incerteza de
colocação profissional para as habilitações que oferecia.
Formada no diálogo, estrutura de pensamento e falhas.
Formada no diálogo, estrutura de pensamento e falhas.
Matriculei-me após pegar uma fila, momento este da inscrição
dos aprovados, um vestibular sem concorrência e pouca divulgação, do curso de
ementa curiosa. Ali, acompanhada do meu pai, na fila, pessoas vestidas
coloridas, confortáveis, despojadas formavam um seleto grupo de malucos
conscientes. Um sujeito alonga as pernas e essas vinham na altura do topo de
sua cabeça, invejável habilidade de um bailarino; figura excepcional.
Anda acompanhado de um caderno de espiral, pequeno, onde anota constantemente extração de falas proferida pelo professor. Aulas teóricas e práticas, teóricas práticas e práticas teóricas, rico estar. Espontâneo, trabalho, preciso e complexidade desembarcada.
Anda acompanhado de um caderno de espiral, pequeno, onde anota constantemente extração de falas proferida pelo professor. Aulas teóricas e práticas, teóricas práticas e práticas teóricas, rico estar. Espontâneo, trabalho, preciso e complexidade desembarcada.
Invejava o conteúdo selecionado no caderno de anotações do
bailarino. Era um estranho que abria meus olhos para a experiência de vida de
seu universo distante do meu habitual mundo decorrido da escola.
Enquanto tudo era novidade, na sala de aula os costumes do
mundo privado da Roma Antiga, ao
contrário do que tinha ideia de berço de civilização, o perturbador Nietzsche,
alertados pela professora Yolanda a não elegermos a seguir como sábio.
O bailarino virtuoso tinha uma visão superada dos meus
primeiros passos, de quem já leu, mastigou, digeriu e organizou o pensamento. Fazer
grupo com ele no tema do corpo na filosofia, não havia esforço mínimo, seu
desdobramento na emissão da opinião era para mim um pseudo-fingimento compreender.
Não expressava meus
entendimentos por estar presa ao primeiro contato, na literalidade do autor com
a problematização da professora e a resposta dentro da grade. Não aquele múltiplo
de persona, que a expressão vem de prontidão conforme sua face de artista.
Outros colegas exerciam fascínio no comportamento, dissecados como nas aulas de
anatomia, revelavam particularidades: tatuagem, piercing, vestimenta, grupos, histórico
familiar, sexualidade, caso entre aluno, admiração por professores, gosto
musical, jogos, drogas, viagens.
Com alguns havia empatia, mas o ambiente era tão diverso que
não me prendi a nenhum nicho, se é que existem. Passava por entre os tipos e
desprendia em mim uma identificação fugidia. Me modificava a cada dia por
influência.
Não pertencia nem a um nem a outro, nesse tanto, negava tudo
que constituía o reduto familiar edificando um forte solitário.
Com a instrução da academia, o conhecimento se fundia aos problemas
familiares, em análises e sínteses, entre as teorias e práticas. Tinha
facilidade em aprender, até hoje meus conhecimentos mais valiosos devo à
educação anticonvencional que obtive.
Todos era poiesis, havia expressão dentro e fora das salas, como
tomar banho de chuva na torrente permitido pelo professor ou sentar-se em
círculo e questionar, por que usamos roupas?
Do meu jeito sem preconceito e um bocado estreito, não tinha
cartão de visita, mas circulei entre todos extraio daquele espaço as diferenças.
A paródia veio muito tempo depois, havia em mim um respeito
absoluto pelo estabelecido, mas a chacota, da Xuxa, seria maravilhoso. Entender
imediatamente o escárnio, da mídia, dos outros e de si próprio é o que
estabelece.
No começo, experimentei meu corpo, ossos, articulações e
musculatura enquanto que a exposição da experiência e conhecimento chegaria e
chegou.
Vi moça beber sangue de sua menstruação, menina amamentar
mulher, mulher nua com galo, pintar o corpo com batom e enfiar perna de boneca
na xoxota.
Senti cheiro podre de peixe, vinho e carne lançados no
corpo, filé bovino costurado no lenço.
Mas tinha os sutis, esses eram pássaros, percursionistas, nipônicos
e mágicos.
Incensos, defumadores: de alecrim, arruda e alfazema.
A faculdade é tradicional, suporta outros cursos, mas os
alunos este curso em especial tinha suas necessidades encarados como devidos
direitos, foi feito um manifesto. Lido frente à retoria, os alunos se
vestiram de preto, deitaram ás 18 horas, horário turbulento, entrada do pessoal
dos cursos noturnos e frente à entrada principal, dificultou o acesso assim
como eram privados pela instituição, diziam “O corpo quer espaço”.
cruzadinha
Tão adulta e sábia, de dia esclarece os pesares do jornal, toca
a parte da moeda, vira a debilidade, espreita o embuste e atua no enredo
recompensada no afeto.
Tão infantil e precipitada, voluntária do abandono, acanhada no claro, peça que forma intervalo, vão, fútil e falso, a
noite cai e submetida a vontade divina.
Tão adulta e precipitada, faz a notícia escandalosa, caprichosamente
usa a moeda, toma a fraqueza como parte, engana-se com seus planos, comum acordo
reconhece o outro e dorme lúcida e infligida.
Infantil e sábia – pensa ao agir: frívola e fútil!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
pressão
Tenaz como pedra, envolta da água expansiva, no fundo está
pela densidade.
Corpo impermeável propulsado por movimento que comunica na
missiva.
Superfície de atrito, desgasta-se encadeado.
Água conduto de pedra, pedra contorno de água: organização
inorgânica.
Figura implícita dos sentidos e destacamento do riso na
guinada da dor.
Duplo sentido é aquela resposta que isto perguntou.
Domesticação da vitalidade tem seu grito, explosivo no
jardim.
Poeira baixa, caminhão pipa, nova é difícil
. domingo, 20 de julho de 2014
entre o querer e o ter
A súbita paixão sobressai atraente no aglomerado, de opulência substancial.
Objeto, artigo ou ente que tem um quê, que quer converter-se da miragem ao desejo, em tangível.
Essa matéria exposta que mexe com nossas idéias é pasto de empenho e contradição.
Da experiência do querer ter, compara, discrimina e mescla. Quando tem atesta, contesta, adoça.
Da paixão súbita, tempera com raciocinação e raciocínio falso.
Do que demonstra apanha a unha, desbarata, tapa a boca e invalida.
Desancada, balançam e julgam este despacho, ao veredito do meritíssimo juiz.
Há quem usa e mói, há quem reserva e se tritura.
Das aflições caprichosas, inclinadas ao desejo, fantasia e veleidade, determina-se no trabalho sujo.
Nascido do arrebatamento, o hábito é a senda do tradicional por um período de propósito.
A novidade, a oportunidade, a infância, a velhice, a adolescência vespertina.
Os estados colonizam a utilidade.
Som e movimento pronunciam o embaço ávido por fundamento.
Ondas se encrespam e rangem britas. Do fino trato, estilo.
Frugal, vaidoso e vão.
Nota o latido ardido, a azia lancinante, o riso mordaz, o design do cacto, comprimidos.
É manhã.
domingo, 1 de junho de 2014
quero quebrar o pau
Vida, duvido da minha própria.
Tão entremeada para se consistir única, tão abstrata para pertencer a si concreta e propriamente um ser aludido.
Da vida, única da origem, pertence pois põe em causa e em dúvida como num jogo que maneja, move e age e é passível a esses.
Da origem, a figura dos pais exibe e ostenta cargos que representam que observo até vir a persuadir e reclamar ao que desejo.
Herdei recentemente ou amadureci tardiamente a importância do trato.
A família é intimamente ligada, de pequeno aprende a ter higiene, para a vida toda.
Dentro do núcleo familiar há a diparidade das personalidades.
Quando criança e adolescente, a minha luta entre meus irmãos era ter privilégio, na conta da violência, numa experimentação de dominação e poder sobre o outro, na ausência dos meus pais.
As brigas e pancadaria era um caminho para obter o privilégio de comer o danone, ficar com o controle da televisão, sentar onde queria no sofá e fazer alguém de capacho mobilizado pela vontade daquele agora.
A diferença de idade e a situação de quebra pau me intimidava. Nenhuma vez enfrentei inteiramente uma trocação lá em casa, não tinha coragem de me lançar na arena e de repente ser tomada pela aquela adrenalina e perder o bom senso ou os dentes.
Seria tão subversivo bater em qualquer um dos meus irmãos sendo a caçula, mas imbuida de ira eu cometia ataques súbitos, planejado na distração do outro e com tempo e espaço para a fuga, penso que fazia o pior.
Então me trancava no banheiro por horas, esperando minha mãe chegar, após o ataque certeiro, temendo excessivamente a vingança de quem apanhou.
Se tratava mais de uma culpa potencializada do que talvez o rancor da possível revanche, é verdade que nessa minha luta a esportiva não era caráter.
Havia partido de defesa dos irmãos quando eclodia a briga, cada lado apoiava-se aos interesses imediato ou no discernimento do justo ou vantagens que o embotava.
Quando algum irmão ficava muito folgado, espaçoso e mandão as forças dissociavam contra seu lado.
Não havia lugar para um líder estático.
Do medo das respostas aos meus ataques físicos não contracenei com minha irmã mais velha, sei de sua manifestação declarada, mas não tentei jogar junto. Do ato covarde foi causa do meu isolamento com resistência. Esperava a dissolução do atrito com a chegada da minha mãe em casa, pelo anonimato de nossa guerra aos olhos dos pais, a pendência que ficou foi a insubordinação dela a mim.
De minha irmã do meio antes de um assalto ela ilustrava seu decoro, o que provocava o respeito a mim mesma.
Hoje outras situações me confrontam das quais eu suspeito.
Tão entremeada para se consistir única, tão abstrata para pertencer a si concreta e propriamente um ser aludido.
Da vida, única da origem, pertence pois põe em causa e em dúvida como num jogo que maneja, move e age e é passível a esses.
Da origem, a figura dos pais exibe e ostenta cargos que representam que observo até vir a persuadir e reclamar ao que desejo.
Herdei recentemente ou amadureci tardiamente a importância do trato.
A família é intimamente ligada, de pequeno aprende a ter higiene, para a vida toda.
Dentro do núcleo familiar há a diparidade das personalidades.
Quando criança e adolescente, a minha luta entre meus irmãos era ter privilégio, na conta da violência, numa experimentação de dominação e poder sobre o outro, na ausência dos meus pais.
As brigas e pancadaria era um caminho para obter o privilégio de comer o danone, ficar com o controle da televisão, sentar onde queria no sofá e fazer alguém de capacho mobilizado pela vontade daquele agora.
A diferença de idade e a situação de quebra pau me intimidava. Nenhuma vez enfrentei inteiramente uma trocação lá em casa, não tinha coragem de me lançar na arena e de repente ser tomada pela aquela adrenalina e perder o bom senso ou os dentes.
Seria tão subversivo bater em qualquer um dos meus irmãos sendo a caçula, mas imbuida de ira eu cometia ataques súbitos, planejado na distração do outro e com tempo e espaço para a fuga, penso que fazia o pior.
Então me trancava no banheiro por horas, esperando minha mãe chegar, após o ataque certeiro, temendo excessivamente a vingança de quem apanhou.
Se tratava mais de uma culpa potencializada do que talvez o rancor da possível revanche, é verdade que nessa minha luta a esportiva não era caráter.
Havia partido de defesa dos irmãos quando eclodia a briga, cada lado apoiava-se aos interesses imediato ou no discernimento do justo ou vantagens que o embotava.
Quando algum irmão ficava muito folgado, espaçoso e mandão as forças dissociavam contra seu lado.
Não havia lugar para um líder estático.
Do medo das respostas aos meus ataques físicos não contracenei com minha irmã mais velha, sei de sua manifestação declarada, mas não tentei jogar junto. Do ato covarde foi causa do meu isolamento com resistência. Esperava a dissolução do atrito com a chegada da minha mãe em casa, pelo anonimato de nossa guerra aos olhos dos pais, a pendência que ficou foi a insubordinação dela a mim.
De minha irmã do meio antes de um assalto ela ilustrava seu decoro, o que provocava o respeito a mim mesma.
Hoje outras situações me confrontam das quais eu suspeito.
sábado, 12 de abril de 2014
De uma referência, uma observação
Manequins de fibra desfilam em automóveis robustos, tem distintivo da marca.
Por cima do chassi desconheço seu panorama mas a vista para mim é do panorama do comercial de margarina, das ideias sagazes e imaginário propagadas no comercial da novela das 21h da Globo, trilha sonora "Because i'm happy", moradora do bairro Moema com agenda e de sua filha atolada de compromisso com o bem estar.
Do meu possante, que me importa esticar a marcha agilmente e costurar em avenidas?
Me subordino a hierarquia de apreço a estima do outro.
Disso depende meu ponto de vista nas regras da babilônia.
Do lugar comum de encontro provisório, parada no sinaleiro, o governo da direção vê a frente, na espera: distração, espiada ao lado, ignorada ao vendedor de flores ou gentileza com o maneta.
Cada estado, cada música, cada silêncio, cada pensamento, cada dia, sempre a manequim de fibra me faz não levar a sério o grafite, a sentir dó de que tem ritmo para vender água, a pensar que esse mesmo veículo robusto com distintivo de marca é o que a moça no prostábulo exibe seu emblema, com intervenção ou não cirúrgica, até industrial, faz o asfalto queimar.
Parada, pedestres assim e assado, avançam com audácia ao passo de cada um, cada qual com seu cada qual mas cridos como eu na maioria, veias da cidade, ousados, reprimidos mas obedientes ao itinerário da viação “da estima” Gato Preto, com cuidado e atenção ao Piso Baixo.
Destino Socorro, Consolação e Paraíso.
A borracha gasta e penso no preço da grama de prata, no peso da placa de cobre espessa, do tempo que trabalho e não penso nada, de quando não faço nada e penso.
E de não fazer nada, o grafite nos muros do cemitério é corrente, no bairro do Morumbi é revolução.
Por cima do chassi desconheço seu panorama mas a vista para mim é do panorama do comercial de margarina, das ideias sagazes e imaginário propagadas no comercial da novela das 21h da Globo, trilha sonora "Because i'm happy", moradora do bairro Moema com agenda e de sua filha atolada de compromisso com o bem estar.
Do meu possante, que me importa esticar a marcha agilmente e costurar em avenidas?
Me subordino a hierarquia de apreço a estima do outro.
Disso depende meu ponto de vista nas regras da babilônia.
Do lugar comum de encontro provisório, parada no sinaleiro, o governo da direção vê a frente, na espera: distração, espiada ao lado, ignorada ao vendedor de flores ou gentileza com o maneta.
Cada estado, cada música, cada silêncio, cada pensamento, cada dia, sempre a manequim de fibra me faz não levar a sério o grafite, a sentir dó de que tem ritmo para vender água, a pensar que esse mesmo veículo robusto com distintivo de marca é o que a moça no prostábulo exibe seu emblema, com intervenção ou não cirúrgica, até industrial, faz o asfalto queimar.
Parada, pedestres assim e assado, avançam com audácia ao passo de cada um, cada qual com seu cada qual mas cridos como eu na maioria, veias da cidade, ousados, reprimidos mas obedientes ao itinerário da viação “da estima” Gato Preto, com cuidado e atenção ao Piso Baixo.
Destino Socorro, Consolação e Paraíso.
A borracha gasta e penso no preço da grama de prata, no peso da placa de cobre espessa, do tempo que trabalho e não penso nada, de quando não faço nada e penso.
E de não fazer nada, o grafite nos muros do cemitério é corrente, no bairro do Morumbi é revolução.
terça-feira, 11 de março de 2014
dura beleza branda
Do risco nasceu o fogo, do atrito entre durezas, consome o ar.
O querer obter alguma coisa, presta-se a segurar a caneta com firmeza e rigor apontando o bico com a tinta no papel, correspondendo dois materiais antes distantes.
O que foi feito, é uma declaração pura, assertivo com poder de molestar.
Sua manifesta existência ao tanger, causa uma impressão ao principiar, obstruir ou amargar.
O fato sempre inaugura e repercuti seu ato.
Se afirma na incandescência, o desejo de obter de modo preciso.
Ao centralizar a tensão, refugia o outro e aumenta o dissentimento.
Em nome do outro, para desenvolver uma relação, diminui a intensidade no jogo de forças.
Abstêm-se do feito em renuncia do controle ensimesmado.
Do feito, o tempo corrói o material mas o engaste enquanto duração permanece em alguma memória viva.
Dinâmica do ar sopra, alimenta e mortifica a brasa. É inspiração obrigatória de rubor vivo.
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