sábado, 16 de abril de 2016

Pura Vida

A escuridão do ser está na sua revelação, na aparente superfície das coisas, o sensível se manifesta com a transmissão afetiva ao objeto.
A propósito de haver roteiro, existe non sense, acaso, caos e qualquer expressão  traz a experiência vivida de quem se manifesta. Independente de síntese há o sentido, mesmo sem significado a percepção é a porta de entrada para o agrado ou o incomodo. Mas não há como negar o fato, a impressão fica naquilo que vem a luz. Mesmo na luz equilibra a incidência dela para um breu satisfatório.
Assim, os dias são variados em dispersão e concentração, em positivo e negativo, em negar e aceitar. A própria contradição de ser engloba o sucesso e o fracasso, por tal entrega nas situações interessadas.
É preciso insistir nas coisas para elas mudarem de estado, uma cosmologia da energia vital que ao enfrentar barreiras pode encontrar um impedimento, mesmo na face da aceitação. Persiste por sua natureza, algumas forças hostis expulsam a presença, a dúvida sempre existe entre esforçar ou afrouxar. E até desistir...
É preciso amor, prazer, tesão, crença, visão, tato, olfato, devoção à escuta e apreciar a beleza que salta à seu tipo de sangue...
Mas a porta que abre é a tomada de consciência de quem está interessado em te receber e ser gentil.
O objetivo, o foco, a força visam a conquista, é tentativa, é repetição é apresentação inteligente.
Isso sensibiliza, dá calafrios, suadouro nas mãos, bocas secas, olhares duros ou macios, silêncios trágicos, falas investidas de desespero contido num comportamento que não tem forma pré-estabelecida.
Trata-se de conhecimento, referência, história.
A inveja, o ciúmes na roda do contexto,  tritura poder e cede à forças que desmantelam a pura sensação em respiração paralisada, desvincula-se da emergência da vida em complexos que vem me habitar. Saio de casa.
Posso provocar total desconfiguramento do sistema, distúrbio social, desequilíbrio emocional e uma fantasia econômica.

Fico atrás da porta fechada na espera de chaves para abri-la e se tenho as chaves quero me transmutar em escada, janela, planta....mas piso no tapete vermelho e meu caminhar tem a responsabilidade de erguer-me na companhia do corrimão e para-peito. Caio no sono.

Um comentário:

Guzpido Krush disse...

Toda luz gera sua sombra consequente. É justamente pela chance de vivenciarmos uma liberadade realmente mais plena, é que ela se torna mais ameaçada do que nunca.

Sensacional o retrato deste mecanismo, Rê. Curti mto. Fuerzapanóiz... até