segunda-feira, 28 de março de 2016

moléstia

A expectativa do ouro brilha mais não esquenta.
A cobrança, para obter a riqueza, vem dedo em riste que engendra e reverbera rigidez; do trato decepciona.
Do que esquenta, esquece o calor, do carinho dos bens.
A credibilidade transeunte, teia de pensamentos solto nos cruzamentos da cidade; de salvaguarda: um cuspe ou um assalto de consumo.
Aniquila-se aqui para ser salvo ali, na travessia da ponte.
Perfil de marfim, esquenta os motores, padece sensores.
O amor de mãe da louça à mesa, a faca e o pão estende ao sopro de um coração judiado que projeta à luz da imagem, o amor.
A imagem instantânea, fugaz, luminoso selecionado de própria raiz.
Tronco sem desenvoltura, nódulo, fixa a celebridade como salvação.
O amor se amplia na pertinência da expectativa, e reduz na cobrança que decepciona,
Da credibilidade transeunte espelha livremente o que contém as moléstias degradantes.  

Música e besta é o acorde do que se apaga do amor.
Invulnerável memória.


Um comentário:

Guzpido Krush disse...


https://www.gu.pro.br/ao-encalco/

"(...) Quero ter a coragem da minha infância
quando eu era criança
me apaixonei
eu me declarei com versos
mas não foram os versos,
nem a rejeição da menina,
que me fizeram ser poeta.
Foi a paixão e a coragem.
Foi o amor.
Foi por arriscar a coisa certa.

Quando perco essa coragem da minha infância,
eu envelheço. E um pouco, eu morro. (...)"