quinta-feira, 3 de março de 2016

b-side

Com referência da infância; à mesa com jovens aspirantes a adulto, enrolada e distraída deixou-se levar como num acampamento para jogos e brincadeiras.
Largada pelos pais nas férias, tinha a si mesma, um integrante a mais, bobo que sucumbe ao golpe que nem desconfia.
Uma alegria doente de bem-estar viciado.
Um convite para ocupar o tempo contra seus hábitos, de sua natureza contemplativa, apoiou seus braços na mesa como protesto íntimo de ser levado na maioria.
Viu olhares confidentes e interessados, movidos por curiosidade enquanto sua visão era da vela que iluminou sua noite.
Vista boa, manhã agradável e vento renovador, dentro gostava mesmo de pequenas mortes que causava a si um refúgio do brincar.
No meio não suportava o falatório que decifrava como escape de gente que vê azul concomitante ao seu belo revés.
As festas eram frias expectativas onde o olhar era um mirante de cálculo oportuno.
Previsto o teatro se desvencilhou numa conduta de defesa do trágico fim levados por sentimentos em extrato.
Entre todos por recreação, tinha seus inimigos imaginários, que trata como real por portar-se estranho no familiar, a dúvida da credibilidade e pequena a confiança.
No retiro seu éden, visto como polo negativo achava babaca a perpetuação da espécie.
Manteve pensamentos possíveis da crise que gerou, sem limiar da ficção com a realidade.
Distúrbio em si mais amplo que o estreito fato. A busca por certeza definia angústia, a realidade era pouca coisa perto da elaboração.
Cada segredo, cada intimidade num mundo explícito o que se esconde é previsto.
Onde confiou era fingida e ele era falso. Acreditou viver a verdade e julgou os outros mentirosos.
Surpresa do que não se domestica, o desconhecido, o nascimento, o bebê, a novidade do imprevisto.

Das vontades realizadas de um desejo que nasce com propriedade a resposta da solidão escolhida por sua companhia.

Nenhum comentário: