terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mãos frias de defunto levanta arca com as próprias cinzas.
Veias inviáveis articulam-se no irreal.
Corpo opaco inaugura vida da morte.
Abatimento físico mescla em seu amarelado a putrefação dos fundamentos.
Suporte do estado terminal engaveta questões.
Lágrimas corrompem o embalsamento, mas correm soltas como doença virulenta.
A morte é o êxito, em termo de saída.
Substância morta vive, doa-se, desintegra-se, decompõe.
Existência do fantasma positivo.
Pegadas vultuosas tracejam uma silhueta, do espaço em branco uma biografia.
Desamparo corporificado na penúria de respostas do futuro.
Presente ausente, marca o tempo.

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