sexta-feira, 20 de abril de 2012

pele

A beleza depende da fresta.
Entre cortina preta frisada.
Dos fundos para frente e laterais de relance.
No meio para uma volta pelo todo.
Da frente aparente, o que se esconde e o que escapa.
Princípios comuns, ângulos diferentes.
Interposição interminável , dos pontos de vista militantes mudam sempre de posição.
Traçados em grafite se estendem ao infinito, contentam-se na lápide, sepultada pela pisada da mulata sambista e consagrada pelo anjo azul.
Apoiado sobre parapeito, a fortificação isolada estabelece uma zona livre, inclusive do fogo do inimigo.
É um inútil translúcido que nem suspeita de sua presença presunçosa.
Abandonado, se acha divino.
Orfão se agarra a gramática, narrador a partir de palavras sem corpo. Signos se desintegram, idolatria da astrologia.
Caleidoscópios reflexivos na subexistência calada.
No ofício de salvar a pele é autodetetive a procura de indícios para encontrar sua casa.

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